segunda-feira, 28 de março de 2011

Garoto de 12 anos pode ter doutorado!

Uma criança prodígio de 12 anos de idade, vem surpreendendo professores universitários após solucionar alguns dos mais avançados conceitos em matemática. Jacob Barnett tem um QI de 170 - maior do que Albert Einstein - e agora está tão avançado em seus estudos da universidade de Indiana que os professores estão pensando em indica-lo para uma pesquisa de doutorado.

O menino prodígio, que aprendeu sozinho cálculo, álgebra, geometria e trigonometria em uma seJakemana, agora ajuda seus colegas de faculdade depois do expediente. E agora Jake vai lançar o seu projeto mais ambicioso - a sua "versão expandida da teoria da relatividade de Einstein.

Sua mãe, que não tinha certeza se o filho estava falando bobagem ou genialidade, enviou um vídeo de sua teoria para o Instituto de Estudos Avançados de renome, perto da Universidade de Princeton. De acordo com a Star Indiana, Instituto de Astrofísica, o professor Scott Tremaine, um especialista de renome mundial - confirmou a autenticidade da teoria de Jake. Em um e-mail para a família, Tremaine escreveu: "Estou impressionado com seu interesse pela física e da quantidade que ele já aprendeu até agora.

Jake foi diagnosticado com síndrome de Asperger, uma forma leve de autismo, desde tenra idade. Seus pais ficaram preocupados quando ele não falou até os dois anos de idade, suspeitando que ele fosse educacionalmente anormal. Mas quando ele começou a crescer começaram a perceber o quão especial era seu dom. Com a idade de oito anos, ele havia deixado o ensino médio e estava freqüentando a Indiana University-Purdue University ,de Indianapolis, nas classes mais avançadas de astrofísica.




D'aqui.

É.. eu sei... tem muita gente com um qi bom desse, ou melhor... mas o menino é doutorando, gente... É incrível, meu filho vai ser assim :D

domingo, 6 de março de 2011

Conhecimento e crença


O número de ateus e agnósticos está em crescimento vertiginoso. Isso se dá por uma maior racionalização e acessibilidade de conhecimento através da internet. Se surge qualquer dúvida, lá está o google e a wikipedia para nos ajudar (desde que sejam confiáveis os índices). Mas concomitantemente a isso, surge um problema, ou uma discussão, entre o agnosticismo e o ateísmo.

O principal argumento agnóstico é que não é possível saber se há ou não deus, e devido à falta de evidências empíricas, não se deve alegar a existência ou não de deus. Até aí tudo certo, eu concordo, mas defenderei meu ponto de vista ateu.

Na ciência, quando um argumento é criado, surge a necessidade de sua demonstração empírica, sendo, até lá, encarado com ceticismo, e até negação. É uma construção que deu certo até hoje, e está sendo usada na suposta maior revolução da física de todos os tempos: a teoria das cordas.

Não se pode dizer, hoje, que a teoria das cordas é verdadeira, ou falsa. Porém, cabe aos teóricos provar que ela é verdadeira. Mas aqui surge um paradoxo interessante.

A um tempo eu participei de um congresso promovido pelo astrofísico brasileiro Marcelo Gleiser, que passou duas ideias, inerentes ao assunto aqui discutido, embora indiretamente paradoxais. A primeira ideia é a de que ele era agnóstico. A segunda, era que ele não acreditava na teoria das cordas.

A teoria das cordas, assim como deus, não foi provada ainda, logo, argumentativamente, está na mesma posição de que deus. Sejamos francos, o ateísmo é uma crença, uma crença na não-existência de deus, e é tão normal quanto falar que acredita que a teoria das cordas não é verdadeira.

Eu não acredito em yettis, não acredito em ovinis (em ET sim), não acredito em certas teorias conspiratórias e não acredito em atlântida. Todos esses casos não possuem prova factual de sua existência, por que deus seria diferente?

Certo, talvez alguns agnósticos não queiram ferir o ego de nenhum dos lados e continuar na sociedade de maneira pacífica e feliz. Não é o meu caso, muito embora eu me considere ateu agnóstico. Por quê?

O que eu discordo do agnosticismo é seu purismo, ele por si só não é funcional, é como dizer "tanto faz" quando sua mãe pergunta o que você quer de almoço. Mas, quando se une ao ateísmo, formam uma dupla argumentativa excelente: Eu não tenho certeza, pois não existe prova empírica, mas eu acredito que deus não exista.

Gnostos em grego significa conhecimento. Agnosticismo, portanto, é a falta de conhecimento sobre um determinado assunto, isso não impede que haja crenças relativas a essa falta de conhecimento.

Simples assim. Não há como fugir do fato de que nós, seres humanos, nascemos com a capacidade de ter crenças, e se for para usá-la, que seja da maneira mais racional e científica: até que se prove o contrário, tanto deus, quanto a teoria das cordas são passíveis de ceticismo.

E sim, infelizmente eu acredito na teoria das cordas, é muito legal. :)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Obediência



Imagine que você é voluntário para um experimento científico. Quando você chega ao laboratório descobre que os pesquisadores querem que você mate uma pessoa. Você protesta, mas os cientistas são categóricos “O experimento requer que você faça isso”. Você concordaria e mataria a pessoa?

Quando perguntados sobre o que fariam em uma situação semelhante quase todos respondem prontamente que obviamente se recusariam a cometer o assassinato. Mas o famoso Experimento da Obediência de Stanley Milgram, conduzido na universidade de Yale na década de 60, revelou que essas pessoas estão erradas. Se o pedido for feito de maneira adequada, quase todos nós cederíamos e nos tornaríamos assassinos obedientes.

Milgram disse aos voluntários que eles faziam parte de um experimento para determinar o efeito da punição no aprendizado. Um dos voluntários (que era na verdade um ator em cooperação com Milgram) faria o papel do Aprendiz e tentaria memorizar uma série de palavras. Os outros voluntários (os voluntários reais) acompanhariam a leitura com um gabarito e dariam uma descarga elétrica no argüido a cada vez que ele errasse. A cada resposta errada os choques aumentavam 15 volts de potência.

O experimento começava. O aprendiz errava propositalmente e logo a potência do choque chegava a 120 volts. Nessa altura o aprendiz começava a chorar e a reclamar da dor. Em 150 volts o aprendiz começava a gritar de dor e a implorar pra que o deixassem sair. É claro que era tudo atuação, mas os voluntários, que nada sabiam, começaram a hesitar e perguntaram aos pesquisadores o que deveriam fazer. A resposta era sempre a mesma “O experimento requer que você continue”.

Milgram não tinha nenhum interesse nos efeitos da punição no aprendizado. O que ele queria na verdade era saber quanto tempo as pessoas demorariam para se recusar a apertar o botão de choque. Será que permaneceriam obedientes à autoridade dos pesquisadores a ponto de matar alguém?

Para a surpresa de Milgram, mesmo podendo ouvir os gritos agonizantes do aprendiz que vinha da sala ao lado, dois terços dos voluntários continuaram a pressionar o botão até atingir a potência máxima de 450 volts, quando o aprendiz caiu em um silencio assustador, aparentemente morto.

Alguns dos voluntários tremiam e suavam, enquanto alguns riam histericamente, mas continuaram a apertar o botão. Mais perturbador ainda: quando os voluntários não podiam ver nem ouvir o aprendiz a cooperação era de quase 100%. O que os olhos não vêem o coração não sente, afinal.

Posteriormente Milgram comentou “Eu diria, com base em milhares de pessoas que observei durante os experimentos e na minha própria intuição, que se um sistema de campos de extermínio como os da Alemanha nazista fosse implantando nos Estados Unidos, seria possível encontrar trabalhadores e encarregados pelo seu funcionamento em qualquer cidade de médio porte do país”.

Quando Stanley Milgram publicou os resultados de seu experimento da obediência em 1963, a comunidade científica ficou abalada. Alguns pesquisadores acharam difícil acreditar que as pessoas pudessem ser tão facilmente manipuladas e iniciaram uma busca por algum erro de julgamento que Milgram possa ter cometido.

Charles Sheridan e Richard King teorizaram que talvez os voluntários estivessem colaborando por terem percebido que tratava-se de uma encenação. Para testar essa possibilidade os dois pesquisadores resolveram refazer o experimento original adicionando um novo elemento. Ao invés de usar um ator eles usariam uma vítima real que seria eletrocutada de verdade. Obviamente a experiência não poderia ser feita com uma pessoa, então eles decidiram utilizar um filhotinho.

Sheridan e King disseram aos voluntários – estudantes de um curso de psicologia – que o cachorro estava sendo treinado para distinguir entre uma luz forte e uma fraca. Ele teria que se posicionar à esquerda ou à direita dependendo do tipo de luz. Se ele se posicionasse de maneira errada o voluntário teria que pressionar o botão para dar o choque. Assim como no experimento de Milgram o choque aumentava em 15 volts a cada resposta incorreta, mas dessa vez o filhote realmente recebia o choque.

À medida que a voltagem aumentava o filhote começava a latir, depois a pular inquieto e, finalmente, a uivar em dor. Os voluntários ficaram aterrorizados. Andavam pra frente e para trás, ofegando e gesticulando com as mãos para tentar mostrar ao cachorro onde ele deveria se posicionar. Muitos choraram. Ainda assim a grande maioria, 20 dos 26 voluntários, continuaram a pressionar o botão até a voltagem máxima.

Curiosamente todos os seis estudantes que se recusaram a pressionar o botão eram homens. Todas as treze mulheres a participar do experimento obedeceram prontamente até o fim.


Leia mais outros experimentos bizarros aqui.

Publicado em 30 de agosto de 2009, traduzido de Elephants on Acid, de Alex Boese, em Ceticismo Aberto.