segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O que mais amo na vida é...

Ah a vida! Você nem percebe, mas uma hora vem à cabeça: Eu existo! Nada mais belo e misterioso! ...
...Se tudo isso fosse realmente belo!
Preste atenção à sua volta. Não, não! A resposta pode estar até dentro de você mesmo! Será que toda a aventura de estar vivo faz valer a pena? E que pena!
Vivemos em meio a pessoas! E encare pessoas como o pior adjetivo que eu pude lembrar para designar todo lixo social existente. Eu inclusive; você inclusive.
Todas essas pessoas vivem segundo um propósito - é muito lógico - e esse propósito, qual é? Chegar à "felicidade", que mal passa de um conceito ideal inventado para nós termos sim, um propósito? Ser rico, até que ponto? Ter poder, cada vez mais?
A cada passo que damos a qualquer propósito existente nos distancia mais e mais dele, e mesmo assim insistimos em viver.
Não só viver, mas vivemos para ideologias, seguindo pessoas que se dizem verdadeiras, que nada mais são do que pessoas, como nós, macacos pelados, buscando o instinto da reprodução e preservação da espécie.
Está aí um bom propósito!
Nada mais aparentemente triste do que a verdade não aparente! Vivemos professando religiões falsas, filosofias falsas, ideologias, padrões, e tantas coisas que não correspondem à nossa realidade, aos nossos instintos, às nossas percepções, às nossas emoções, aquelas coisas que nos tornam aquilo que nós somos realmente.
Sim, professamos que devemos amar a todos, mas odiamos desde nossos inimigos mortais até nossos melhores amigos. Professamos que o sexo é algo imoral, mas somos movidos a ele, caso contrário não haveria reprodução. Professamos que devemos perdoar, e perdoamos, ou pelo menos falamos isso para não parecermos pessoas muito humanas. Humanos! Somos demasiado humanos! Não podemos fugir disso, todos querem deixar essa qualidade, mas são cada vez mais pervertidos, mais sujos, mais humanos.
O que eu amo na vida é a hipocrisia, se me permite a ironia. Somos animais carniceiros, naturais, e a natureza é naturalmente má! Somos homicidas, suicidas, açougueiros de ideias, preparados para consumir qualquer coisa a nossa frente, mas muito preocupados em como falar isso para o padre na hora de confessar.
E para o ralo aqueles que pensam o oposto! São tão sujos que a sujeira cobre a capacidade de pensar. Nâo que eu seja limpinho, não que eu tenha plena capacidade de pensar, pois eu também sou uma pessoa, eu também sou humano!
Calem-se seus egocêntricos, seu egocentrismo enoja até o mais fétido dos serial-killers. A humanidade está doente de tanto egocentrismo, hipocrisia, e vontade de poder! Morram afogados pela sua própria humanidade! Não destruam o mundo, ele não é menor que vocês, mas é mais frágil!
Caiam! Quebrem seus dentes no chão, para aprender a mastigar direito! Martelem as suas próprias mãos, para aprenderem a martelar! Vivam conforme a vida, para aprender a viver, seus macacos pelados, seus humanos!